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Mais uma das divagações de sexta à tarde, quando já não se tem mais saco de trabalhar (ainda mais hoje que, por incrível que pareça, está fazendo 74oF lá fora).
Uma característica marcante, acho eu, da nossa sociedade ocidental/cirstã é a cultura da tal falsa modéstia. Não estou falando da humildade em si. Acho a humildade uma qualidade importante em qualquer pessoa. Estou falando da modéstia, ou pelo menos da falsa modéstia, aquela que nos proibe de aceitar um elogio dizendo: “Obrigado, eu também acho.”
Em quase todos os grupos que nos envolvemos, seja na família, no trabalho ou no chope com os amigos, é meio que de mal tom você ter uma auto-estima elevada e acreditar nas suas opiniões como verdade, até que lhe provem o contrário. Não quero defender o egocentrismo ou a soberba. Um comportamento excessivamente egocêntrico pode ser no fundo um grande problema de carência. Mas acho muito saudável a gente reconhecer as nossas qualidades tanto quanto as nossas fraquezas. Mas a gente sempre foi educado a dividir os perrengues e a não divulgar o sucesso. A lamentar dificuldades e não comentar os gols de placa que volta e meia todo mundo faz.
E esse é mais um desafio de quem é pai ou mãe: criar filhos com alta estima, que valorizam o que são e reconhecem o que ainda não são (ou não poderão ser). Que conhecem o seu valor como indivíduo, independente de uma ou outra opinião alheia.
Abraços e bom final de semana!
“No Brasil, sucesso é ofensa pessoal” – Tom Jobim.