Desrespeito
Vou dividir com vocês aqui uma estória. Minha intenção não é fazer apologia de lugar nenhum, nem desqualificar completamente qualquer outro. Todos os lugares tem seu lado bom e seu lado nem tanto. Aos leitores que acham que eu não posso falar mal pois não moro mais em terras brasileiras, eu sinto muito, mas eu acho que posso e vou falar (e óbvio você tem a opção de não ler).
Mas essa estória ajuda, ou pelo menos me ajuda, a explicar como eu me coloco em relação a nossa querida terra brasilis. É uma estorinha que ajuda a mostrar que não é que eu esteja ficando americanizado, mas é que cantar a musiquinha do “com muito orgulho, com muito amor” está cada dia mais difícil. Não importa em que pedaço do globo você está.
Em Abril desse ano eu fiz a minha restituição de IR brasileira. Como trabalhei 2 meses de 2006 no Brasil, tinha como obrigação declarar. Como todo bom brasileiro que sou, deixei para transmitir a declaração no penúltimo dia do prazo limite e sempre que tentava tomava um erro dizendo que todos os servidores estavam ocupados e que não queriam saber de receber a minha declaração. Tudo bem, culpa minha. Quem manda deixar para a última hora? Até o finalzinho do dia 30 de abril eu tentei e não consegui.
Já conformado, tentei enviar novamente no dia 3 de Maio (quem acompanha aqui o blog sabe que o Gabriel nasceu na noite do dia 1 para o dia 2 de Maio). Ao tentar transimitir, o servidor dessa vez atendeu e me disse que eu tinha que fazer uma nova declaração, dessa vez com a versão 2 do programa de declaração. Baixei o programa e refiz TODA a declaração, pois o programa novo não lia o arquivo da versão anterior. Muito bem. Consegui transmitir e o programa foi esperto o suficiente para ver que eu tinha resituição e que devia a multa por atraso e por isso me perguntou se eu queria abater da minha restituição o valor da multa. Claro que sim. Escolhi essa opção e transmiti a declaração do exercício de 2006. Beleza. Agora era só esperar muitos, sim muitos, meses até o governo devolver o dinheiro que era meu.
No final de Setembro resolvi dar uma olhada no site da Receita e ver como estava a minha declaração. Descobri que ela não estava mais sendo “processada”, mas que “apresentava pendências”. Pensei logo que tinha caído na malha fina, mas como tnha feito tudo nos conformes, resolvi clicar no link e ver qual era a tal pendência e como podia resolvê-la.
A tal pendência era que eu estava devendo a multa por ter entregue a declaração atrasada. Multa essa que o programa tinha me perguntado seu eu queria ver descontada da minha restituição. A mensagem apontava para uma regra X, parágrafo Y que dizia que eu tinha que pagar a multa no banco ou, se eu quiesse, optasse por ter a multa deduzida da minha restituição(???!!!!!!!!). A mensagem também dizia que eu ia receber uma carta nas próxima semanas e que podia ir numa repartição da Receita e resolver a parada.
Bom, a tal carta não chegou, então pedi a meus pais que fossem na receita tentar descobrir alguma coisa que eu pudesse fazer para receber um dinheiro que é meu. Se fosse necessário pagar a multa antes para que a minha restituição fosse liberada, sem problemas. Meus pais foram lá e descobriram que a Receita Federal só atende os casos de 2006 (exercício 2005) e que por enquanto eles não tinham prazo para começar a resolver os problemas de 2007 (exercício 2006). E ponto final. Sem papo. Sem choro nem vela.
E a mim, cidadão que pagou imposto de renda na fonte, resta esperar a boa vontade do ineficiente Estado Brasileiro para receber o que é meu de direito.
Mas essa estória ajuda, ou pelo menos me ajuda, a explicar como eu me coloco em relação a nossa querida terra brasilis. É uma estorinha que ajuda a mostrar que não é que eu esteja ficando americanizado, mas é que cantar a musiquinha do “com muito orgulho, com muito amor” está cada dia mais difícil. Não importa em que pedaço do globo você está.
Em Abril desse ano eu fiz a minha restituição de IR brasileira. Como trabalhei 2 meses de 2006 no Brasil, tinha como obrigação declarar. Como todo bom brasileiro que sou, deixei para transmitir a declaração no penúltimo dia do prazo limite e sempre que tentava tomava um erro dizendo que todos os servidores estavam ocupados e que não queriam saber de receber a minha declaração. Tudo bem, culpa minha. Quem manda deixar para a última hora? Até o finalzinho do dia 30 de abril eu tentei e não consegui.
Já conformado, tentei enviar novamente no dia 3 de Maio (quem acompanha aqui o blog sabe que o Gabriel nasceu na noite do dia 1 para o dia 2 de Maio). Ao tentar transimitir, o servidor dessa vez atendeu e me disse que eu tinha que fazer uma nova declaração, dessa vez com a versão 2 do programa de declaração. Baixei o programa e refiz TODA a declaração, pois o programa novo não lia o arquivo da versão anterior. Muito bem. Consegui transmitir e o programa foi esperto o suficiente para ver que eu tinha resituição e que devia a multa por atraso e por isso me perguntou se eu queria abater da minha restituição o valor da multa. Claro que sim. Escolhi essa opção e transmiti a declaração do exercício de 2006. Beleza. Agora era só esperar muitos, sim muitos, meses até o governo devolver o dinheiro que era meu.
No final de Setembro resolvi dar uma olhada no site da Receita e ver como estava a minha declaração. Descobri que ela não estava mais sendo “processada”, mas que “apresentava pendências”. Pensei logo que tinha caído na malha fina, mas como tnha feito tudo nos conformes, resolvi clicar no link e ver qual era a tal pendência e como podia resolvê-la.
A tal pendência era que eu estava devendo a multa por ter entregue a declaração atrasada. Multa essa que o programa tinha me perguntado seu eu queria ver descontada da minha restituição. A mensagem apontava para uma regra X, parágrafo Y que dizia que eu tinha que pagar a multa no banco ou, se eu quiesse, optasse por ter a multa deduzida da minha restituição(???!!!!!!!!). A mensagem também dizia que eu ia receber uma carta nas próxima semanas e que podia ir numa repartição da Receita e resolver a parada.
Bom, a tal carta não chegou, então pedi a meus pais que fossem na receita tentar descobrir alguma coisa que eu pudesse fazer para receber um dinheiro que é meu. Se fosse necessário pagar a multa antes para que a minha restituição fosse liberada, sem problemas. Meus pais foram lá e descobriram que a Receita Federal só atende os casos de 2006 (exercício 2005) e que por enquanto eles não tinham prazo para começar a resolver os problemas de 2007 (exercício 2006). E ponto final. Sem papo. Sem choro nem vela.
E a mim, cidadão que pagou imposto de renda na fonte, resta esperar a boa vontade do ineficiente Estado Brasileiro para receber o que é meu de direito.
E nada da carta ainda.
Agora me diz, dá para cantar a musiquinha? Dá?!
Agora me diz, dá para cantar a musiquinha? Dá?!
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