Oh vida, oh azar…

No outro dia escrevi aqui um post sobre a falsa modéstia, aquele comportamento que nos impede “tirarmos a nossa onda” quando a merecemos. Hoje vou falar de um “primo” dele, que volta e meia todo mundo acaba fazendo: chorar de barriga cheia.

O exemplo clássico do chorão de barriga cheia é aquele(a) colega da escola que sai da prova dizendo que se arrasou e quando vem a nota ele(a) tirou 9.

O chorão de barriga cheia é aquele cara que, sentado na confortável posição em que se encontra (seja no boletim como no exemplo, ou financeiramente, ou socialmente, ou etc) se acha no direito de reclamar da vida assim mesmo, seja para desviar a atenção do seu sucesso (o que se parece muito com a falsa modéstia), seja para ressaltá-lo (“Porra esse meu BMW gasta muita gasolina! Se eu soubesse tinha comprado um fusca…”).

E o truque é concordar com o chorão, fingindo que se compadece com o seu “infortúnio”, tipo “É mesmo?! Eu tenho um amigo que está vendendo um fusca, quer que fale com ele?”. Como nem ele mesmo acredita no seu próprio choro, ele rapidinho vai gaguejar, dar uma desculpa e mudar de assunto… :-)

Abraços.