Urbana Legio Omnia Vincit*

Eu tinha mais ou menos uns 15-16 anos e estava assistindo a um show do Legião Urbana na finada Mamute, danceteria (na época que elas tinham esse nome) na Tijuca. O vocalista da banda, que na época estava começando a ficar famosa, entre uma música e outra solta a seguinte frase para o público juvenil que o assistia: “Ouçam o que eu digo. Nunca ouçam ninguém.” (obs: isso é um ensinamento profundo… daqueles que a gente tem que ter certeza de ensinar aos filhos… quem se prende na antítese da frase não pesca o significado por trás dela). Era a primeira vez que eu via o Renato Russo (e acho que foi a única ao vivo) e foi a partir daí que ele ganhou mais um fã: eu.

Ao contrário do que parecia para muitos, a Legião e suas músicas eram muitos menos protesto (Geração Coca-Cola) e muito sobre mais as divagações do fim da adolescência e o início da idade adulta (vide Quase Sem Querer, Pais e Filhos, Tempo Perdido e muitas outras).

É claro que tinham outras bandas legais no Brasil, mas, na minha opinião, nenhuma foi como o Legião Urbana. E ninguém foi, para a nossa geração, como o Renato Russo.

Mas por que esse post hoje? Porque no dia de hoje, em 1960 (6 dias depois do Senna: clique aqui) nascia Renato Manfredini Júnior, o Renato Russo.

Força sempre!*

"Não queremos ser diferentes, e, sim, que todo mundo tenha o direito de ser como é. Eu não preciso me sentir mal porque não sou igual ao garoto que está no anúncio do iogurte. É você ser sexy, charmoso, com uma certa plasticidade corpórea. Cria-se uma geração de clones. Estes são os anos 90."
-- Renato Russo

* Todos os discos do Legião Urbana tinham três frases nos seus encartes. As duas acima (*) e uma terceira: “Ouça no volume máximo”.