Vinicius
"(…)
Se me perguntarem o que é a minha pátria, direi:
Não sei. De fato, não sei
Como, por que e quando a minha pátria
Mas sei que a minha pátria é a luz, o sal e a água
Que elaboram e liquefazem a minha mágoa
Em longas lágrimas amargas.
(…)
Tenho-te no entanto em mim como um gemido
De flor; tenho-te como um amor morrido
A quem se jurou; tenho-te como uma fé
Sem dogma; tenho-te em tudo em que não me sinto a jeito
Nesta sala estrangeira com lareira
E sem pé-direito.
(…)
Pátria minha... A minha pátria não é florão, nem ostenta
Lábaro não; a minha pátria é desolação
De caminhos, a minha pátria é terra sedenta
E praia branca; a minha pátria é o grande rio secular
Que bebe nuvem, come terra
E urina mar.
Mais do que a mais garrida a minha pátria tem
Uma quentura, um querer bem, um bem
Um libertas quae sera tamen
Que um dia traduzi num exame escrito:
"Liberta que serás também"
E repito!
(…)
Não te direi o nome, pátria minha
Teu nome é pátria amada, é patriazinha
Não rima com mãe gentil
Vives em mim como uma filha, que és
Uma ilha de ternura: a Ilha
Brasil, talvez."
-- Trechos de Pátria Minha, de Vinícius de Moraes. Clique aqui para ler o poema todo.
Ontem eu e a Kelly assistimos de novo ao documentário sobre a vida de Vinícius de Moraes (vimos a primeira vez no cinema). O Cláudio, da Lilian, tem o DVD, mas ele é região 4 (aqui nos EUA os DVDs só tocam região 1 ou ALL). A Kelly, no entanto, descobriu um esquema de copier o DVD quebrando essa “proteção”... :-)
Quem ainda não viu não pode deixar de ver. É du ca…
Abraços.
Se me perguntarem o que é a minha pátria, direi:
Não sei. De fato, não sei
Como, por que e quando a minha pátria
Mas sei que a minha pátria é a luz, o sal e a água
Que elaboram e liquefazem a minha mágoa
Em longas lágrimas amargas.
(…)
Tenho-te no entanto em mim como um gemido
De flor; tenho-te como um amor morrido
A quem se jurou; tenho-te como uma fé
Sem dogma; tenho-te em tudo em que não me sinto a jeito
Nesta sala estrangeira com lareira
E sem pé-direito.
(…)
Pátria minha... A minha pátria não é florão, nem ostenta
Lábaro não; a minha pátria é desolação
De caminhos, a minha pátria é terra sedenta
E praia branca; a minha pátria é o grande rio secular
Que bebe nuvem, come terra
E urina mar.
Mais do que a mais garrida a minha pátria tem
Uma quentura, um querer bem, um bem
Um libertas quae sera tamen
Que um dia traduzi num exame escrito:
"Liberta que serás também"
E repito!
(…)
Não te direi o nome, pátria minha
Teu nome é pátria amada, é patriazinha
Não rima com mãe gentil
Vives em mim como uma filha, que és
Uma ilha de ternura: a Ilha
Brasil, talvez."
-- Trechos de Pátria Minha, de Vinícius de Moraes. Clique aqui para ler o poema todo.
Ontem eu e a Kelly assistimos de novo ao documentário sobre a vida de Vinícius de Moraes (vimos a primeira vez no cinema). O Cláudio, da Lilian, tem o DVD, mas ele é região 4 (aqui nos EUA os DVDs só tocam região 1 ou ALL). A Kelly, no entanto, descobriu um esquema de copier o DVD quebrando essa “proteção”... :-)
Quem ainda não viu não pode deixar de ver. É du ca…
Abraços.
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